
Alemanha Ocidental, década de 70: um dos melhores cenários musicais que já existiram. Nem David Bowie se conteve; e Iggy Pop foi comer uns aspargos com o Florian Schneider. O chamado krautrock influenciou e continua influenciando tudo o que surgiu depois, da música eletrônica ao indie rock, e o Can foi uma das principais bandas responsáveis por isso. A sonoridade deles (pelo menos na época clássica, entre 1970-1974) é muito original e interessante: vocais inconstantes (pelo mestre Damo Suzuki), guitarras e baixos swingados, teclados atmosféricos, muita percussão - e essa é a característica mais marcante; Jaki Liebezeit é um dos melhores bateristas que eu conheço -, e o uso de tape loops, que é o que torna a banda eletrônica, mas sem ter muitos timbres de caráter eletrônico. Algumas músicas são editadas de improvisações longuíssimas e condensadas em alguns minutos. E, por fim, a banda fazia uso de gravadores de dois canais, prefigurando a estética lo-fi, que se tornaria em voga nos anos 80 e 90.
Bom, sobre o disco, esse é o meu preferido deles (embora eu curta muito o Tago Mago também), e é quase todo nesse estilo que eu descrevi acima, com exceção da balada Sing Swan Song (mas apesar de serena, tem muita percussão) e da experimental Soup (que também tem seus momentos dançantes, mas de maneira vanguardista, -Q).
TRACKLIST
01. Pinch
02. Sing Swan Song
03. One More Night
04. Vitamin C
05. Soup
06. I'm So Green
07. Spoon
~ Link: Can - Ege Bamyasi [1972]
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