
Um dos álbuns mais polêmicos do jazz, até então. Críticos musicais ficaram de cabelo em pé quando ouviram o Ornette Coleman e seu quarteto simplesmente abandonando a estrutura harmônica tradicional. Mas o que eles não sabiam é que pouco tempo depois, outros caras (e o próprio Coleman) iriam desconstruir ainda mais o gênero.
Este disco é o divisor de águas entre o jazz "tradicional" e o jazz experimental que iria se seguir daí. Portanto temos elementos das duas eras: enquanto o álbum ainda tem a estrutura clássica do bebop (ou seja, um tema apresentado no início da música, a improvisação e a reprise do tema, no final), o Coleman resolveu demitir o pianista, rs. Logo, não temos uma sucessão de acordes. Logo após o tema, a música flui numa improvisação livre e simultânea de todos os instrumentos, sem um guia harmônico (que seria o piano, geralmente). Mesmo assim, o disco mantém uma sobriedade melódica (apesar do Coleman, às vezes, dar uns deslizes com seu sax alto) que um tempo depois também foi descartada pelos jazzistas mais experimentais.
TRACKLIST
01. Lonely Woman
02. Eventually
03. Peace
04. Focus on Sanity
05. Congeniality
06. Chronology
07. Monk and the Nun
08. Just for You
~ Link: Ornette Coleman - The Shape of Jazz to Come [1959]
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